sexta-feira, 20 de março de 2009

GARISTO E O COMANDO DELTA

por Claudio Julio Tognolli

No início de 2000, levei à Caros Amigos, para entrevista, uma velha fonte de 20 anos: Francisco Carlos Garisto, o mais bem informado policial federal, hoje presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais.
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-Sérgio de Souza - Você podia contar como chegou na Polícia Federal?

-Francisco Carlos Garisto - Se eu não fosse polícia, seria polícia mesmo. Coisa de aptidão. Desde menino queria ser polícia. E na repressão ao entorpecente. Porque fui criado em um bairro aqui em São Paulo, o Tucuruvi, onde, por causa da droga, o esquadrão da morte da época matou 90 por cento dos meus companheiros de rua, eram uma bandidagem danada. Tive que trabalhar desde cedo, porque era pobre e tinha que ajudar a família, e me sentia muito mais do lado da polícia, achando que os meus companheiros de rua estavam todos errados. Daí fui fazer o Exército e na época havia uma repressão política desgraçada, foi em 1971. Mortes, desaparecimento de pessoas, aí me convidaram para trabalhar na Oban, Operação Bandeirante, que era no DOI-Codi. Não sei por que cargas-d’água, falei: “Não vou mexer com esse negócio, não”.
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-Marina Amaral - Por que a Polícia Federal?

-Garisto - Porque eu achava que ela tinha uma estrutura constitucional melhor, de investigação, que você poderia se desenvolver mais. Então deixei o Exército e fui prestar concurso para a Polícia Federal. Eram mais de quatrocentos disputando, fiquei em primeiro lugar e só o primeiro lugar conseguia vaga em São Paulo, o resto ia para as fronteiras. Entrei em 1977. Com cinco dias de polícia, fui repreendido, um tipo de punição porque não quis ir nas bancas de jornal apreender A Hora do Povo (jornal do MR-8, uma facção de esquerda). Vinham ordens do Armando Falcão (ministro da Justiça) para apreender o jornal porque tinha falado mal do presidente, do dinheiro do FMI, essas coisas. É que havia censura oficial. Os censores ficavam aqui na sua redação: “Isto pode, isto não pode”. O Estadão metia receita de bolo, aquelas coisas. Fui punido mas logo depois consegui ir trabalhar no entorpecentes. Quando fiz um ano de polícia, me convidaram para fazer uma infiltração em Cuiabá, me passar por vendedor de éter e acetona para os traficantes — para fazer a cocaína, eles precisam de éter e acetona. E, vendendo os dois produtos, eu ia acabar descobrindo o laboratório. Lá fui eu pra Cuiabá, sem estrutura nenhuma, a Polícia Federal não tinha verbas etc. Mas troquei de identidade e tudo.
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-Wagner Nabuco - Quantos homens tem hoje a Polícia Federal?

-Garisto - Temos 7.000 homens. Desses, 3.000 são operacionais. Quatro mil estão na burocracia. Às vezes, burocracias necessárias, como o Serviço de Inteligência, que alimenta a operação. Temos região de fronteira com dois agentes, os traficantes passam de AR-15 dando risada e dando tchau. Verdade. Quem já esteve lá sabe que estou falando a verdade. Quando estive em Ponta Porã fazendo um serviço, vi uns caras passar e disse pros meus colegas: “Aqueles ali são suspeitos”. E eles: “Não olha, não, que aqueles caras são muambeiros”. “Como, não olha?” “Não olha porque eles vão marcar a gente aqui, depois você vai embora e
a gente fica.” É assim, porque a mãe do camarada e a irmã trabalhavam no banco em que o gerente era irmão do traficante. O cara da Receita é primo do contrabandista.
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-João de Barros - Você estava falando, se for agora num quartel?

-Garisto - Você vai pegar o pessoal jogando basquete, levando a mulher do coronel para o supermercado, os coronéis e generais jogando peteca. Não estou desmerecendo as Forças Armadas, eles é que estão se ferrando. Estão ganhando mal, estão usando equipamento todo enferrujado. Tem muita coisa errada como na Polícia Federal, por exemplo, você vê no aeroporto aquele bonitinho de terno, aquelas menininhas, alguém aqui acha que são da Polícia Federal? São funcionários da Protege, empresa de segurança. São contratados. Fui contra, entrei na Justiça, entrei na Procuradoria.

-Wagner Nabuco - Como é que é? No aeroporto, aquele pessoal do raio X não é da Polícia Federal?

-Garisto - Não, são da Protege, quando chefiei o aeroporto eram, hoje não sei se ela ganhou o contrato de novo. Se não for da Protege, é de outra empresa de segurança privada. E outra: eles custam para a nação mais do que um agente federal.

-Wagner Nabuco - Também aquele que checa o nosso passaporte?

-Garisto - Não, esse do guichê é da Polícia Federal. Para impedir a viagem de alguém, tem que ser funcionário competente. Mas aquele funcionário da empresa contratada, se achar cocaína, não pode fazer nada. Não pode abrir a mala de ninguém, é funcionário incompetente, por lei. É usurpação de função. Entrei na Justiça e não julgaram até hoje.

-Wagner Nabuco - A maioria das empresas de segurança é dirigida por coronéis?

-Garisto - Sim. Militares em geral ou delegados de polícia.

-Wagner Nabuco - O pessoal da reserva.

-Garisto - Do Exército, da Aeronáutica, da PM tem muito. Até o Fleury tinha empresa de segurança, o falecido.
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-Verena Glass - Depois do episódio na Bolívia, o que você fez?

-Garisto - Vim trabalhar no entorpecentes, em São Paulo. Montamos um serviço de informação que não havia. De drogas, esse em que batalho. Quando o Galdino foi diretor, tentou criar um serviço desses, mas era um SNI disfarçado. Aí fui pra Folha denunciar,o Tognolli deu na Folha: “Galdino tenta recriar SNI”… Porque a Polícia Federal foi usada para esquentar as mortes, as roubalheiras e as falcatruas dos DOI-Codi da vida. Tinha que ter um cartório para esquentar aquilo. Não pode ter cartório no Exército, nem na Aeronáutica, nem na PM, então vamos criar um na Polícia Federal para fazer aquelas porcarias que terminaram na Justiça Militar.

Só que, quando começaram a fazer o concurso público, o primeiro foi em 1973, começou a aparecer garoto de faculdade, tipo eu. Começamos a entrar na polícia. E a gente começou a falar: “Não, eu não vou fazer isso aí. Isso aí não tá legal, isso aí tá por fora”. Aí começou a mesclar. Até que fundamos o sindicato, em 1988, e viramos a mesa: “Não vamos mais fazer esse troço, não tem mais informação, vamos denunciar e acabamos com todo mundo”. Hoje, a Polícia Federal tem a credibilidade que tem aí. Por quê?
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-Sérgio de Souza - Ficou para trás aquela história do golpe de Estado.

-Garisto - O golpe que não houve. Estávamos fazendo uma greve e eu estava comandando, era presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais…

-Sérgio de Souza - Que ano era isso?

-Garisto - 1994. Aí tem nome, e eu dou porque falei pra eles que ia escrever um livro e eles falaram que podia botar, então está liberado: é o Moroni Torgan e o deputado federal Luciano Pizzatto, que estão na ativa ainda. O Luciano Pizzatto, na época, era presidente da Comissão de Segurança Nacional da Câmara, muito ligado aos militares. E o Moroni era líder do governo do Itamar. É meu amigo particular, já o conhecia desde aquela época. Aí estávamos comandando aquela greve e dez dias, quinze dias, a Veja deu capa, a IstoÉ deu capa. A Veja deu: “Baderneiros ameaçam autoridade do governo”. E o distintivo da Polícia Federal. A IstoÉ
deu: “Rebelião dos tiras“.. E o distintivo da Polícia Federal. E aí fui no Jô, fui em tudo quanto é canto por conta da greve. O que queríamos? Queríamos o mesmo salário que a Polícia Civil do Distrito Federal recebia. Porque tinha a lei 7.702 que dizia: “Policial federal tem que ganhar igual a policial civil“. E não estavam cumprindo. Você é um policial, obriga todo mundo a cumprir a lei e não cumprem pro policial, então fomos pra greve.

E aí todos os Estados entraram em greve, dez dias, vinte, trinta, quarenta, cinqüenta dias. “Como é que vamos acabar essa greve?” Aí eles queriam assumir — eles, vou dar nomes —, queriam assumir o controle da Polícia Federal. Os militares, as viúvas do SNI querem o controle da Polícia Federal porque é o instituto legal que detém hoje as coisas que têm que ser feitas no país: Collor, PC, agora esses deputados todos aí, você vê que rola tudo na Federal. E os militares tiveram o comando da Polícia Federal desde a sua criação. Ela foi criada pra ser um braço civil deles. E botaram lá o general Bandeira, o coronel Moacir Coelho, depois o coronel Araripe. O primeiro civil foi o Romeu Tuma, que era superintendente da Polícia Federal em São Paulo, colocado pelo senhor Georges Gazale, que era amigo pessoal do Figueiredo. “Ah! O primeiro civil.” Civil com aspas, né? Porque o Tuma não é propriamente um civil: era chefe do DOPS. Comandou aquilo tudo, mas passou como bonzinho, os amigos que trabalharam com ele foram quase todos execrados na mídia pelas merdas que fizeram e depois foram abandonados pelo chefe.
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-Verena Glass - O sindicato você que tinha fundado?

-Garisto - O primeiro sindicato foi fundado no Rio Grande do Sul, fundei aqui em São Paulo, depois fomos fundando outros. Fui também o primeiro presidente da Federação Nacional, fundada em Brasília. E hoje temos 26 sindicatos e mais a Federação de todos os funcionários da Polícia Federal. Então, quando fomos pra greve, o coronel Romão não quis papo com a gente,disse que não conversava com sindicalista. Por quê? Porque essa era uma época em que morriam sindicalistas assassinados. Ele vê o sindicalista como aidético com problema radiativo, não quer contato. Começou a greve, ele falou: “Eles querem fazer greve, que façam, mas vou punir todo mundo”. E começou a meter processo em todo mundo. E a moçada, o contingente todo NÃO TEVE MEDO, continuou em greve.

Um belo dia, um delegado que estava aqui em São Paulo, altamente ligado à cúpula militar e que hoje é o corregedor geral da Polícia Federal, o doutor Lobo, a pretexto de que os policiais teriam abandonado o plantão deixando no prédio a cocaína apreendida, as metralhadoras e os inquéritos famosos, o ouro e isso e aquilo, a pretexto de que havíamos abandonado tudo para fazer a greve, disse que o prédio estava à mercê dos bandidos. Relatou pra Brasília e pediu a intervenção do Exército na Polícia Federal de São Paulo. E era mentira, porque mantivemos na ativa 30 por cento do efetivo. Mas eles queriam tumulto.

Aí o Exército invade a Polícia Federal de São Paulo, Itamar Franco liberou pra invadir. Acreditou no relato que o superintendente fez a pedido do próprio Exército, coisa deles. E o Exército desembarca então mil homens ali na rua Antônio de Godói, com helicópteros, fuzis, metralhadoras de chão.

-João de Barros - Aqui no centro?

-Garisto - Aqui no centro, na esquina da Antônio de Godói com Rio Branco, Santa Efigênia, aquele pedacinho ali. Eles fecharam a rua, desviaram o trânsito e despejaram soldado. Percebi que eles iam fazer a invasão e o Inocêncio Oliveira, que era um dos negociadores conosco, me chamou no gabinete dele e falou: “Francisco Carlos Garisto, conversei com o ministro da Justiça sobre aquela disposição de vocês”. Porque falei que ia deixar duzentos homens armados com metralhadora lá para enfrentar o Exército.

Eu não ia, mas não podia falar que não ia, é aquele jogo de greve: “Se invadir vai ter tiro”. O Inocêncio ficou com medo disso, o Itamar, todo mundo. Então o Inocêncio falou: “Francisco Carlos Garisto, está acontecendo isso, isso e isso, mas eu te garanto que não vai ter invasão, tira o pessoal de lá”. Já achei esquisito. Pra que vou tirar os meus homens de lá se ele está me garantindo que não vai ter invasão? Falei: “Tá bom, deputado, tá bom”. Aí eu vou pra porta da Polícia Federal: “Olha, pessoal, vamos revezar, vão ficar quinze aqui e à noite mais quinze e tal”. A Globo estava com link no local — comunicação direta. É
como essas transmissões de futebol, fica aberta para entrar no ar na hora que você quiser. Pensei: “Vai ter invasão, a Globo já está sabendo que vai ter invasão, deixa eu tirar meu povo daqui que não quero que morra ninguém”. E disse: “Pessoal, vamos embora daqui, todo mundo, o Inocêncio Oliveira, presidente da Câmara, garantiu que não vai ter nada aqui”.

Quando deu 10 horas da noite, eles chegaram com helicóptero, tanque, na Esplanada dos Ministérios, saiu na edição extra do Jornal Nacional, ficaram fazendo exibição que era para amedrontar, já aproveitava e dava um susto no Congresso todo. Aí invadiram a Polícia Federal de Brasília também, já haviam invadido São Paulo. No mesmo dia, estou almoçando com o Moroni na Câmara, me liga o agente Simão, delegado sindical de Foz do Iguaçu: “Gaga, perdemos a ponte! O Exército está aqui”. Eu falei: “O Exército em Foz do Iguaçu também?” Estranhei porque estávamos fazendo operação padrão lá. Eu: “E vocês estavam aí?” “Estávamos, o que eu faço?” Eu disse: “Sai daí, se manda, fuzil contra metralhadora é caca na certa”. “Mas não deixa ninguém?” “Não, se manda, é Exército, o dono de tudo, ele fica tomando conta do posto agora.”

Aí o Moroni me perguntou: “Pô, invadiram Foz do Iguaçu? Vamos ligar pro Pizzatto”. Ele ligou pro Pizzatto, que é do Paraná, tinha interesse. E aí o Pizzatto liga para o ministro do Exército. O ministro disse: “Mandamos invadir porque abandonaram o posto”. E isso foi o que informaram para o presidente da República, o ministro da Justiça e o ministro do Exército. Eu disse: “Mentira, acabei de falar com um agente pelo telefone e ele me perguntou se era para sair! Se perguntou é porque estava lá”. O Moroni falou: “Isso está ficando perigoso, não é melhor você repensar essa greve?” Eu disse: “Rapaz, antes de invadirem São Paulo, eu tinha 80 por cento do pessoal em greve, agora está 100 por cento”.

À noite vem o Jornal Nacional e aparece a repórter com o microfone na boca do Simão, que tinha falado comigo ao telefone: “O senhor vai fazer o que agora?” “Estávamos trabalhando, temos ordem da federação de trabalhar aqui 30 por cento, o Exército chegou, agora eles vão ficar com o trabalho e com a responsabilidade e vamos embora.” E ele aparece tirando o jaleco e a Globo vai filmando. O presidente, na casa dele, viu esta merda, ligou pro Alexandre Dupeyrat, ministro da Justiça. O Dupeyrat pega e liga pra lá e cá. Estou dormindo, 2 horas da manhã, toca o telefone, era o Moroni e queria que eu fosse na casa dele. Quando entro na casa do Moroni, na sala está sentado o ministro da Justiça, Alexandre Dupeyrat, o Moroni e mais um assessor do Palácio do Planalto que eu não sabia quem era. “E aí, Moroni, onde tá pegando?” “Garisto, o ministro quer falar com vocês.”

E o ministro: “Seu Garisto, é o seguinte: o presidente me chamou e está preocupado com o negócio”.. E eu: “Com a greve? É só ele pagar a gratificação para nós e acaba a greve”. “Não, ele está preocupado porque algumas pessoas do Exército estão mentindo para ele. Porque lá em São Paulo fizeram a invasão e falaram que não tinha ninguém, depois ele ficou sabendo que tinha.

No Rio Grande do Sul, falaram que os agentes colocaram palito nas fechaduras para ninguém entrar, e depois ficamos sabendo que tinha mais agente federal do lado de dentro que do lado de fora. Mas o pior de tudo foi Foz do Iguaçu, que o presidente recebeu um relatório do ministro do Exército, e isto é confidencial, pelo amor de Deus, que vocês tinham abandonado a fronteira, o presidente autorizou a invasão e na televisão viu que vocês estavam lá. Aí ligou pro ministro do Exército de volta e o Ministro falou que estava havendo confusão e que ele ia ver. O presidente achou muito esquisito isso e eles já tinham pedido para invadir também o Ceará.” Aí o Moroni falou: “Você não acha que isso pode ser outra coisa, Gaga? Que eles estão querendo botar a tropa na rua? No Brasil, quando põem a tropa na rua, para voltar é difícil e eles não têm pretexto para colocar tropa em lugar nenhum.”

Eu disse: “Moroni, isso é ficção sua, eu quero saber se o ministro acha isso.” O ministro disse: “Essa é a idéia que o presidente tem e quer a ajuda de vocês pra botar as tropas para fora da PF, porque se ele botar agora desmoraliza e os militares vão chiar; como é que a gente faz para essas tropas irem de volta pro quartel?” Eu falei para o ministro: “Já que a palavra oficial do senhor é de que estão falando em insurreição, golpe, vamos fazer o seguinte: amanhã, o presidente declara que vai negociar e eu falo o que já vinha cumprindo, que vou colocar 30 por cento do efetivo. Não estão falando que invadiram porque não tinha os 30 por cento? Então o presidente sai vencedor, porque ele não pode sair desmoralizado. O que eu quero é a minha gratificação, o meu salário igual da civil, não quero desmoralizar ninguém. Ele dá uma de bravo no Jornal Nacional dizendo que não admite baderna e que se botarmos os 30 por cento ele retira as tropas, dá uma bronca na gente em nível nacional, a gente dá uma mijada pra ele, bota os 30 por cento que já tinha e ele manda as tropas para o quartel”.

No dia seguinte, o presidente: blablablá e cacete na gente, eu falei: “Pessoal, é o sinal”. Aí eles recolheram as tropas. Mas depois ficamos muito chateados porque eles sacanearam a gente: correram no Supremo para tornar nossa greve ilegal, depois de 64 dias. O ministro da Justiça nos traiu. Aí voltamos ao trabalho. A moçada queria continuar a greve, eu disse: “Agora, não, contra o Supremo é ir contra a lei, aí é revolução”.

-Wagner Nabuco - Quem era o ministro do Exército?

-Garisto - Era Zenildo Zoroastro de Castro.

-Wagner Nabuco - O Itamar o manteve depois desse episódio?

-Garisto - Ficou até com Fernando Henrique, saiu na época da eleição. E o Itamar ficou com a cara-de-pau tão grande porque aconteceu isso, ele viu que cumprimos nossa parte e tinha uma chateação de não ter dado o aumento. Mas causaria a ira do Exército, que também queria aumento. Tanto é que o último decreto que ele assinou foi concedendo gratificação para nós igual à da Polícia Civil. O Romão me processou por greve, segurança nacional etc. e fui demitido, mas o Itamar Franco me anistiou.

Fonte: http://www.casodepolicia.com/2008/01/10/entrevista-com-garisto-sindicato-da-policia-federal/

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